– O que você vai fazer com o piano?, perguntei desviando o olhar.
– Um amigo pediu pra ficar com ele até eu voltar, o carreto vem amanhã.
Ela tinha uma displicência na fala. Falava enquanto olhava o vaso com um único girassol que eu acabara de lhe dar com a languidez do oceano. Agradecera com um beijo daqueles longos e precisos, que chegam bem ao fundo da alma, e um abraço sincero de quem é feliz sem motivo. Ela tornava o adeus impossível. Continue lendo “Flor do sol [conto]”