A hora mais escura [conto]

Ele sabia que essa terça-feira seria diferente desde a hora que acordara. Era um dia nublado de trabalho, como outro qualquer de inverno, mas pressentia a surpresa no ar. Não gostava de surpresas, definitivamente não. Seu tempo no exército alemão o havia treinado a ser meticuloso, organizado e sobretudo desconfiado. Dormia com sua arma embaixo do travesseiro, motivo de disputas frequentes com Continue lendo “A hora mais escura [conto]”

Não sei sambar [crônica]

Grossas gotas de chuva e um sol dourado de fim de tarde. O bloco se dispersava mas a rua ainda era nossa, e como eu queria que fosse ainda e ainda e ainda. Sinto às vezes que desfruto do Carnaval como estrangeira, alheia à cultura que de tão sedutora parece externa a mim. Me entrego à aglomeração, ao êxtase coletivo, aos sonhos de cores, corpos e amores e assisto como espectadora ao Arlequim chorando pelo amor de Colombina no meio da multidão. Continue lendo “Não sei sambar [crônica]”

Desdém [crônica]

Quem nunca sofreu por amor que atire a primeira mentira. Nesta existência confusa, há um prazer sádico em buscar apaixonar-se, em insistir naquilo que nunca deu certo. Não é simples ser solteiro no século XXI — aliás, sitcoms intermináveis já foram dedicadas a rir da fossa dos solteiros, para o bem e para o mal. E sempre haverá mais um conselho, mais uma esperança, uma nova forma de frustração. Continue lendo “Desdém [crônica]”

Álgebra

Eu sou meia dúzia.
Sou eu inteira
Em meia dúzia
Completa.
Ser dúzia completa?
Seria duas vezes
Mim mesma inteira
A transbordar.
Vai-se um
Chega outro
Multiplica-se um sonho
Raiz quadrada de uma ilusão
E continuo inteira
Meia
Dúzia.

[por Daniela Urquidi, 04/06/2018]

Inferno

I have had a burning passion.
So in love that
it consumed me.
Living the high
of giving myself entirely
to love.

And then I was cinders.

It was a flame
then a fire
then just ashes.

I was the ashes.
Because as high as I have flown,
as hard and deep was my fall.

But I have the badge,
I know how it feels
and how short it is doomed to be.

It’s life wrecking
and oh! so worth the pain.

[by Daniela Urquidi, 05/06/2018]

Crônicas de Nárnia: Príncipe Cáspian – Walt Disney Pictures, 2008 [resenha]

O segundo filme da série Crônicas de Nárnia perde um pouco da novidade. Não perde, no entanto, a grandeza da história de C. S. Lewis. Competindo com as incríveis histórias de J. R. R. Tolkien (O Senhor dos Anéis) no mercado cinematográfico, Nárnia volta-se mais a um público infanto-juvenil.

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A família do futuro – Disney, 2007 [resenha]

Há exatos 3 anos a Walt Disney Pictures lançou Meet the Robinsons (“A Família do Futuro”, 2007). O filme não é mais nenhuma novidade, mas, na minha opinião, vale a pena assistir com a família ou com o namorado(a) no fim de semana. A animação é baseada no livro A day with Wilbur Robinson, do escritor, ilustrador e cineasta americano William Joyce, e foi dirigida por Stephen J. Anderson.

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Como treinar seu dragão – DreamWorks, 2010 [resenha]

Filmes para criança são um mistério para mim. Falam das coisas da vida de uma maneira simples, fazem rir do fundo da alma, divertem de uma maneira despretensiosa. Sorrisos brotam mesmo que você já saiba desde o início como o filme vai acabar. Assim é Como treinar seu dragão, animação da DreamWorks (How to train your dragon – 2010), mesma produtora de Shrek, Madagascar e Kung Fu Panda.

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Mulan – Walt Disney, 1998 [resenha]

Mulan é um clássico Disney tanto quanto Cinderela ou A Bela e a Fera. A animação levou 5 anos para ficar pronta e foi exibida pela primeira vez em 1998. Dirigida por Tony Brancroft e Barry Cook, foi indicada ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao Grammy por sua trilha sonora. Mas não são os prêmios que me prendem por uma hora e meia à emocionante história de Mulan. Confesso que sempre me identifiquei com a personagem e tenho verdadeira adoração por este desenho animado. E que garota não teria? Mulan é forte, decidida e inteligente.

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